RogiwOw relembra trajetória no PUBG e explica nova fase mais tática

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by PUBG Esports

Jogador brasileiro de PUBG rogiwOw na PUBG Nations Cup, em Seul, na Coreia do Sul, em 2019

Um dos mais importantes jogadores profissionais de PUBG da América Latina, Igor “rogiwOw” Oliveira, de 27 anos, está em uma nova fase da carreira dentro de jogo. Antes agressivo, o brasileiro acumula uma experiência de três anos na elite para, hoje, ser mais impactante taticamente.

Esta história de dedicação ao PUBG começou em agosto de 2017, quando rogiwOw conheceu o jogo e se afeiçoou por ele.

“Desde a primeira vez eu fiquei viciado”, relembra o pro-player, residente no Rio de Janeiro. “Eu gosto muito de simulador militar e jogos de tiro. O que me prendeu no PUBG é o realismo da gameplay, que é única, detalhada e completa”.

O que era uma diversão logo passou a se transformar em profissão, devido ao espírito competitivo de rogiwOw.

Já em outubro de 2017, o brasileiro se juntava a outros jogadores que conhecia na internet para disputar partidas e competições online.

Equipes e competições

No início de 2018, rogiwOw começou a fazer parte de equipes e ascendeu ao topo do cenário nacional. Com a noORG, o cyber-atleta conquistou o vice-campeonato da 1ª Copa IGN, em junho, atrás apenas da Black Dragons e-Sports. Marcos Vinicios “v1n1” de Sousa, companheiro de Stompa Top Team, estava naquele elenco.

O torneio da América Latina para o PUBG Global Invitational (PGI), disputado em São Paulo, em 2018, marcou uma revolução para o competitivo regional e para a carreira de rogiwOw, com a decisão dele de se dedicar às competições.

Ele passou por equipes como FK Team e Judas antes de ser contratado pela Brazilian Crusaders (BRC), em novembro de 2018. Foi com a equipe brasileira que rogiwOw não só brilhou no Brasil, como também chegou aos palcos internacionais.

Jogador brasileiro de PUBG rogiwOw e os companheiros da equipe Brazilian Crusaders no campeonato internacional FACEIT Global Summit, em Londres, no Reino Unido

Experiência internacional

Em abril de 2019, a BRC participou do FACEIT Global Summit, em Londres, no Reino Unido. Em agosto do mesmo ano, rogiwOw viajou a Seul, na Coreia do Sul, para defender a seleção brasileira na Copa PUBG Nations.

“Fui ganhando muita experiência. Com o nível lá de fora você aprende muita coisa que tenta aplicar aqui, mas o meta é bem diferente”, aponta o jogador, antes de explicar a diferença. “Os times asiáticos, por exemplo, são muito agressivos e, ao mesmo tempo, muito táticos. Enquanto que, na América Latina, nem todos são agressivos. Equipes agressivas aqui sempre vão conseguir bons resultados, porque não tem tanta punição como lá fora. [No exterior] eles sabem punir, não deixam fazer as mesmas jogadas”.

Depois uma boa temporada 2019, rogiwOw não teve resultados tão expressivos nas competições latino-americanas de 2020, com FURIA Esports e INTZ, embora continue marcando presença nas primeiras colocações.

Na Copa PUBG Masters, rogiwOw ficou na 5ª colocação das finais da primeira temporada e na 4ª, da segunda.

Essa experiência acumulada em três anos tem sido útil para uma guinada na carreira do brasileiro.

Jogadores brasileiros de PUBG rogiwOw e rustyzera chegando a Seul, na Coreia do Sul, para o campeonato internacional PUBG Nations Cup

Nova fase

Ele diz que, atualmente, é mais estratégico dentro de jogo, deixando a execução dos abates nas mãos de Pablo “pablex” Vidal e Kaio “Balkkann” Duarte, seus companheiros de Stompa Top Team.

“Hoje eu me sinto mais experiente de não ser mais aquele que tem a gana de só matar igual eu tinha antigamente. Agora estou em uma nova função, de ser o cara que ajuda mais o IGL [In-Game Leader], que olha as costas, até por isso não estou matando igual antes”, detalha rogiwOw.

Ele pontua que, com maior experiência, consegue se posicionar melhor e saber as horas certas de agir.

“Sou um jogador muito agressivo e jogava muito para a frente. Por eu ter essa experiência maior e saber olhar na hora certa, eu mesmo fui indo, automaticamente, para esta nova função”, explica o brasileiro, que admite a dificuldade em se adaptar ao seu novo papel na organização estratégica da equipe dentro de jogo. “Quando o cara só pensa em apertar o W e dar tiro, mas tem que ficar mais pra trás, é complicado. Mas é uma questão de adaptação”.

Torcida da Stompa Top Team

Essa nova postura dentro de jogo começou a ser colocada em prática na noORG, reativada em julho, cujos pro-players foram contratados, em agosto, pelo streamer Neto “netenho” Cavalcante para defender a Stompa Top Team.

“Tem sido insano”, exclama rogiwOw. “Tínhamos uma torcida pequena, que mandava noORG no chat e torcia por nós. Agora, são milhares de pessoas torcendo, um monte de mensagens nas redes sociais”.

Ele considera “uma motivação a mais saber que você está representando tanta gente torcendo”. “Não é nem pressão, a pressão é zero sempre. É saber que, a qualquer jogada, a galera vai vibrar. Dá um hype”.

Jogador brasileiro de PUBG rogiwOw na chegada a Seul, na Coreia do Sul, para o campeonato internacional PUBG Nations Cup

Impacto

Sempre querendo o melhor para o PUBG, rogiwOw exalta a trajetória que construiu até hoje. “O PUBG me abriu tantas portas e eu quero sempre ver o melhor. É a vida de muita gente no cenário”.

Para o brasileiro, o PUBG tem sido a oportunidade de viver de eSports, seja competindo ou fazendo streams. “Eu fico feliz porque, querendo ou não, eu tenho o meu impacto de como o cenário se desenvolveu”.

“Enquanto eu estiver no alto, eu quero continuar competindo”, completa rogiwOw, fazendo história na América Latina.

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